Tragédia em Gaza: ataque aéreo a hospital mata jornalistas e pacientes em meio ao caos
- portalvemquetemgo
- 25 de ago.
- 2 min de leitura

Um dos ataques mais devastadores desde o início da guerra voltou a chocar o mundo nesta segunda-feira (25). O Hospital Nasser, em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, foi atingido por dois bombardeios consecutivos que deixaram ao menos 15 mortos, entre eles pacientes, profissionais de saúde, socorristas e quatro jornalistas que registravam a tragédia em tempo real.
O primeiro míssil atingiu o quarto andar do hospital, interrompendo uma transmissão ao vivo feita por um repórter local. Minutos depois, quando equipes de resgate, civis e profissionais da imprensa corriam para ajudar as vítimas, um segundo disparo atingiu a mesma área, ampliando o número de mortos e feridos. A estratégia, conhecida como “double-tap”, é usada para atingir quem chega ao local após o primeiro impacto, aumentando ainda mais o rastro de destruição.
Entre os mortos estão jornalistas de diferentes veículos internacionais, que arriscavam suas vidas para mostrar ao mundo a realidade do conflito. O episódio reforça a gravidade da situação enfrentada pela imprensa local, já que correspondentes estrangeiros continuam sem acesso à região.
O Exército de Israel confirmou ter realizado a operação, mas afirma que não tinha como alvo jornalistas ou civis. Ainda assim, o ataque gerou indignação internacional e abriu espaço para novos debates sobre os limites da guerra e a segurança de profissionais que atuam em zonas de conflito.
Além das perdas humanas, o impacto sobre a já frágil rede de saúde de Gaza é devastador. O Hospital Nasser era um dos poucos centros médicos ainda em funcionamento no sul do território, e agora enfrenta sérias dificuldades para atender a centenas de feridos em meio à escassez de recursos.
Especialistas em direitos humanos classificam o episódio como um dos momentos mais críticos desde o início dos ataques em Gaza, não apenas pela quantidade de vítimas, mas também pelo simbolismo de atingir diretamente um hospital — espaço que deveria ser protegido em qualquer circunstância de guerra.
Enquanto familiares choram suas perdas e sobreviventes buscam atendimento em meio ao colapso do sistema de saúde, o mundo volta a ser confrontado com imagens que expõem a dimensão da tragédia humanitária em Gaza.
Alessandra Morais, 25 de agosto de 2025.




Comentários